terça-feira, 8 de novembro de 2011


Santa Verônica Giuliani

Esta Santa nasceu em Mercatelo, Urbino, perto de Milão, na Itália em 1660 e entrou no convento dos Capuchinhos na Cittá di Castello, em Umbria em 1677. Santa Verônica foi canonizada pela sua piedade, mas é mais lembrada pelas maravilhas que rodearam a sua vida. Filha de uma família de posses, bem cedo estava dando suas roupas para os pobres e já aos 11 anos era fervorosa devota na Paixão do Senhor e já tinha visões. Decidiu-se tornar uma freira quando teve visões da Virgem Maria, mas seu pai se opunha. Ela insistiu e finalmente, em 1677, seu pai permitiu que ela se tornasse uma noviça do Convento dos Capuchinhos em Citá di Castello, na Umbria. Seu noviciato foi difícil. Ela aumentou sua devoção à Paixão de Cristo e foi agraciada com visões de Jesus Cristo carregando a cruz e algum tempo depois começou a sentir dores no coração. Em 1693, teve outra visão do cálice de Cristo que foi oferecido a ela. Na Paixão de 1694, ela já era esposa de Jesus e teve uma visão da Coroa de Espinhos de Cristo e seus ferimentos apareceram em sua cabeça.

Três anos mais tarde ela viu a Virgem Maria dizer a Jesus “deixe tua noiva ser crucificada com Vós” e então com a idade de 37 anos, ela recebeu os estigmas nas mãos, nos pés e no lado por um longo período de êxtase no dia 5 de abril de 1697. Medicamentos foram dados a ela, mas os ferimentos não cicatrizavam. Ela escreveu com detalhes a sua experiência e disse como os raios de luz vieram dos ferimentos de Jesus e tornaram-se pequenas chamas de fogo em forma de prego e o quinto em forma de uma lança de ouro.

A Santa escreveu: “Senti uma grande agonia, mas com a dor eu vi claramente e estava consciente que eu estava sendo transformada em Jesus. Quando eu estava sendo ferida, no meu coração, nas minhas mãos e nos meus pés, os raios de luz brilhavam com uma radiação diferente de volta ao Crucifixo e iluminava o lado, as mãos e os pés de Jesus, que estava pendurado ali. Assim meu Senhor e meu Deus me esposou e me deu para sua guarda a sua mais Santificada Mãe, para sempre e sempre, e ela e o meu Anjo da Guarda me cuidam e Ele assim falou “Eu sou vós e Eu me dou para vós. Pedi o que quiserdes e vos será dado”.

E eu respondi: “Meu amado, a única coisa que quero e peço, é nunca me separar de Vós. E aí tudo desapareceu brilhando”.

Ao acordar do êxtase, ela encontrou os ferimentos ainda doloridos, o sangue e a água saindo do seu lado. Ela não queria que os ferimentos fossem vistos e os escondeu até 1700, quando Jesus prometeu que as marcas só ficariam mais três anos. Daí em diante só o seu lado sangrava. Logo após o seu primeiro aparecimento, os ferimentos foram examinados pelo bispo da “Citá di Castello” que imaginou um experimento especial para ela, de modo a excluir qualquer fraude. Os ferimentos foram envolvidos em bandagem, atados e lacrados com o selo do bispado, e ela foi cuidadosamente separada das outras Irmãs e sempre sob observação e guarda.

Os ferimentos permaneceram. Durante seus êxtases um odor era por ela emitido, o que ela às vezes levitava. O bispo ficou impressionado pela sua obediência e humildade e ficou complemente convencido que o fenômeno era genuíno.

Um relatório favorável foi enviando ao Santo Oficio em Roma e a Verônica foi-lhe permitido continuar em sua vida normal.
Esta Santa foi eleita Abadessa em 1716, e serviu nesta função por 11 anos. Ela proibia as noviças de lerem livros sobre misticismo. Em seu lugar ela insistia nas virtudes do cristão Rodrigues e sua perfeição religiosa. Ela não só se empenhava na sua vida espiritual, como era uma mulher prática. Melhorou a comunidade durante a sua gestão como Abadessa, especialmente instalando água encanada no convento, expandindo e aumentando os prédios do monastério. Verônica disse ao seu conselheiro espiritual e confessor, que os instrumentos da Paixão de Cristo estavam “impressos” em seu coração e desenhava a posição deles para ele, e mais de uma vez disse-lhe que eles mudavam de posição ao longo dos anos. Morreu de apoplexia e seu coração foi examinado por especialistas, após a sua morte, e “milagrosamente” tinha imagens da cruz, da coroa e do cálice. Os exames também revelaram que a curvatura do seu ombro direito era como se ela tivesse carregado uma pesada cruz por muitos anos.

Uma autobiografia 10 volumes, que ela escreveu ao seu conselheiro e confessor, foi usada no processo de beatificação e as suas experiências místicas foram autenticadas por várias testemunhas e publicadas após a sua canonização. Apesar de estar quase sempre num estado de êxtase, ela não era visionária, muito pelo contrario, era muito prática e tinha uma mente religiosa sensata. Levitação e estigmas que cessaram de sangrar a uma voz de comando, revelaram que Santa Verônica é um dos maiores e mais bem documentados exemplos de prolongada e intensa vivência da Paixão de Cristo e que teve efeitos extraordinários nos seus devotos.

Ela é, na liturgia da Igreja, mostrada com sua cabeça marcada com uma coroa de espinhos e segurando um coração e um crucifixo.

Sua festa é celebrada no dia 10 de julho.

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