Santo Onofre
As vezes chamado também de Santo Honofre e São Onouphrius .
A vida de Santo Onofre só é conhecida pelo que conta um de seus discípulos, São Paphuntius, (no Brasil é chamado de São Pafûncio),o qual o encontrou no deserto no Egito. Onouphrius viveu no século IV e tornou-se um monge em um monastério perto de Tebas de onde ele saiu para viver uma vida de eremita e contemplação. Por 60 a 70 anos Onofre viveu só no deserto e usava como vestimenta apenas o seu cabelo e uma espécie de calça feita de folhas. Não obstante ele foi e ainda é um assunto muito popular na arte Medieval. É muito festejado na Espanha e vários são os milagres a ele atribuídos. Quando o então Abade Pafûncio estava decidindo o que representaria para ele uma vida de eremita, conheceu no deserto a Onofre que já era um eremita por 70 anos. Onofre contou a ele que havia sido um monge em um austero monastério em Thebas, mas teve uma visão chamando-o a imitar São João Batista e assim foi levado a viver a sua vida de eremita. Ele lutou por muitos anos contra tentações as mais terríveis, mas com perseverança conseguiu vencer a todas. São Pafûncio ficou maravilhado quando a comida milagrosamente apareceu para a refeição da noite (Diz a tradição que foi um anjo que trouxe a comida de ambos).O Abade passou a noite com o eremita. Na manhã seguinte, Onofre disse a Pafûncio que o Senhor havia dito, que ele iria morrer em breve e que havia enviado Pafûncio para enterra-lo. E algum tempo depois, Onofre realmente faleceu e São Pafûncio o enterrou em um buraco em uma montanha e o lugar imediatamente desapareceu, como para dizer ao Abade que seus restos não eram para ficar alí.
A historia foi colocada em escritos por São Pafûncio e já era popular no sexto século. Durante a idade media ele foi muito popular no Leste e Oeste principalmente na Rússia, onde é venerado juntamente com Saint Peter of Athos.
Na liturgia da igreja católica ele é mostrado como um velho eremita vestido apenas com um longo cabelo e uma folha cobrindo sua cintura.Algumas vezes ele é mostrado com um anjo trazendo o pão da Eucaristia com uma coroa a seus pés.
Ele é o padroeiro dos tecelões, talvez porque as vezes tecia sua própria peça de roupa com fios de plantas encontradas no deserto.
É protetor do alcólatras. Diz a lenda que teria no início de sua vida vencido esse terrível vicio, mas nada foi provado nesse sentido. Não obstante ele é invocado para a cura do alcoolismo.
Sua festa é celebrada no dia 12 de junho.
São João de Sahagun
Também conhecido como João de São Facundo.
Nasceu em Sahagun, Leon, Espanha em 1430 foi educado pelos beneditinos na grande Abadia de Sahagun de São Facundo. Seu pai era Dom Juan Gonzalez de Castrilho que possuía varias residências e ofereceu algumas ao Bispo de Burgos. João foi ordenado em 1453 e era uma espécie de mordomo na residência do Bispo, que não tinha residência fixa e o que era um ato de desobediência a Igreja da época. Após a morte do bispo, João deu todas as sua residências menos uma, onde construiu a capela de Santa Agnes em Burgos, onde celebrava a eucaristia diariamente, catequizava, e pregava para os pobres e ignorantes. Depois ele cursou teologia da Universidade de Salamanca. A educação recebida ali deu a ele a confiança necessária a ministrar mais efetivamente a paroquia de São Sebastião, enquanto dava aulas como capelão no Colégio de São Bartolomeu. Naquele tempo Salamanca era muito dividida e com muitos criminosos. Isto e deu a João a oportunidade de ser conselheiro individual e no confessionário João tinha um dom especial de ler as almas e tirar mais das confissões. Ele era rígido e recusava a dar a absolvição para pecadores habituais, e aos eclesiásticos que viviam mais de acordo com o espirito de sua profissão que com o da Igreja.
O fervor de João em oferecer a missa edificava a quem a assistia. De fato é relatado que ele e toda a congregação que estava dentro da Igreja certo dia, tiveram o privilegio de ver a forma do corpo de Jesus em uma de sua consagrações. A graça de Deus derramou em sua alma durante as sua preces. Com isto passou a ser o conselheiro espiritual de todos na cidade e todos seguiam seus conselhos.
Após grave doença em 1463 ele pediu para entrar no Friário Agostiniano de Salamanca e foi admitido em agosto de 1464. Logo foi o noviço senior enquanto continuava a pregar em público. O seu trabalho de reconciliação deu frutos. Um pacto de paz foi assinado em pelas partes hostis em 1476. No mesmo ano ele foi eleito Prior pela comunidade. Em 1479 ele previu a sua morte o que ocorreu naquele ano. Em Alba de Tormes sua vida foi ameaçada por dois assassinos alugados pelo Duque por causa de suas denuncias públicas de opressão. Ao chegar junto a João os assassinos ficaram com um remorso inexplicável e confessaram a trama e pediram o seu perdão. Não obstante as pregações veemente de João traziam também rancor, e é dito que João foi assassinado com veneno levado a ele por uma mulher de Salamanca. A mulher tinha sido amante de um cidadão que foi convencido por João a abandona-la e voltar o a vida austera que levava antes. Ela não o perdoou por isso e o envenenou.
Pelos seus sermões inflamados e sem temor ele foi aclamado o Apóstolo de Salamanca e logo após a sua morte em 11 de junho de 1479 milagres ocorreram em sua tumba e logo peregrinações passaram a ser uma constante em seu túmulo. Sua relíquias foram trasladadas para a Catedral de Salamanca, sua cidade adotiva, da qual ele é o padroeiro. Foi beatificado em 1601 e canonizado em 1690. Na arte litúrgica da Igreja São João de Sahagun é mostrado com uma hóstia na mão em memória a sua devoção especial a Eucaristia.
Sua festa é celebrada no dia 12 de junho.
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