segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Santíssimo Nome de Jesus <>


Santíssimo Nome de Jesus <>


Comemoração litúrgica - 03 de janeiro. Também nesta data Santo Antero, Papa e Santa Genovena, Virgem




O nome de Jesus é grande pelo que significa. O nome de Jesus foi posto por Maria e José, em obediência à ordem que lhe viera de Deus. Disse o Arcanjo a Maria: “Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus”. (Lc. 1, 31). A São José o Anjo disse: “Não temas receber Maria, tua mulher; porque o que nela se gerou, é obra do Espírito Santo. E dará à luz um filho, e por nome o chamarás Jesus”. (Mt. 1, 20). – Ora, os nomes impostos a alguém por ordem de Deus significam sempre qualquer dom gratuito concedido pelo céu, assim como foi dado a Abraão. (Gen. 41, 51): “Serás chamado Abraão, porque te constitui pai de muita gente”. A Pedro foi dado o nome significativo: “Tu és Pedra, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja”. Porque a Cristo tinha sido conferido o dom da graça, pela qual todos seriam salvos, era conveniente que fosse chamado Jesus, isto é, “Salvador”. (São Tomás de Aquino).

Este nome adorável, que significa salvação, foi predito pelos profetas, que chamaram ao Messias “Emanuel” (Is. 7, 14), isto é, Deus conosco, para assim designar “a causa da nossa salvação, que é a união da natureza divina com a humana, na pessoa do Filho de Deus, que, como Deus, fica conosco, participando da nossa natureza”. Chamaram-no (Is. 9, 6) “admirável, conselheiro, Deus forte, Pai do futuro século, Príncipe da paz”, títulos estes que designam todos o “caminho e o fim da nossa salvação, sendo nós, pelo admirável conselho e pela virtude divina, conduzidos à herança do futuro século, em que gozaremos da paz perfeita dos filhos de Deus, sob a própria soberania de Deus”. Chamaram-no: (Zac. 6, 12) “o homem, o nascituro”, para exprimir todo o mistério da Encarnação”. (São Tomás).

O nome de Jesus é o nome próprio do Verbo encarnado; é o nome que nos relembra o maior das obras de Deus e o maior benefício que d´Ele nos veio. O nome de Deus Redentor inclui o de Deus Criador, se bem que este não contenha aquele, pois a Redenção supõe a criação e a criação não encerra em si necessariamente a Redenção.

O nome de Jesus relembra-nos não só o Salvador e a salvação, que por Ele nos veio, mas também o modo admirável por que fomos salvos. Poderia salvar-nos por meio de uma só palavra, como por uma palavra só criou o mundo; mas quis tomar sobre si nossa enfermidade, para curar e tirar os nossos pecados; quis encarnar-se, nascer num estábulo, viver pobre, sofrer, ser crucificado e morrer por nós. Levou a humildade e obediência até a morte, para assim merecer o nome de Jesus. Aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo – diz São Paulo – “fazendo-se semelhante aos homens e sendo reconhecido pelo exterior como homem. Humilhou-se a si mesmo, feito obediente até a morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou, e lhe deu um nome, que está acima de todo nome. A fim de que ao nome de Jesus todo o joelho se dobre no céu, na terra e nos infernos; e toda a língua confesse que o Senhor Jesus Cristo está na glória de Deus Padre”. (Fil. 2, 7-11).

O nome de Jesus produz admiráveis efeitos naqueles que devotamente o invocam. Como os sacramentos não só significam a graça, mas também a produzem, assim o nome de Jesus não só significa, mas também produz a salvação de quem devotamente o invoca.

“Todo aquele que invocar o nome do Senhor, será salvo”. (Joel, 2, 22; At. 2, 21; Rom. 10, 12). “Do céu abaixo, nenhum outro nome foi dado aos homens pelo o qual nos cumpra fazer a nossa salvação”. (Rom. 4, 12).

O nome de Jesus, devotamente invocado, salva-nos do perigo de sermos vítima do inimigo infernal. Satanás tem um verdadeiro pavor deste Nome. “Os demônios têm medo deste Nome, que os faz tremer. E nós podemos afugentá-los, invocando o Nome de Jesus crucificado”. (São Jerônimo).

O nome de Jesus dá vigor aos mártires e a todos os fiéis que lutam pela fé. Fá-los triunfar generosamente de todos os obstáculos, de todas as perseguições e da própria morte. O mundo, à semelhança do demônio, seu soberano, se agita ao ouvir o Nome de Jesus. Queria que não mais se pronunciasse este Nome e cheio de ódio, com o Sinédrio de Jerusalém, até hoje declara: “Ameacemo-los, para que daqui em diante não falem neste nome a homem nenhum”. (At. 4, 17). Mas em virtude deste Santo Nome os eleitos, para a confusão do mundo, operam verdadeiros milagres, segundo a profecia do próprio Salvador: “Em meu nome expulsarão os demônios, falarão novas línguas, manusearão as serpentes e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará mal; porão as mãos sobre os enfermos e serão curados”. (Mc. 16, 17).

O nome de Jesus produz sempre grande milagre de aplacar as mais furiosas tempestades na alma daqueles que o invocam devotamente. “Há entre vós alguém que se ache triste ? Entre-lhe Jesus no coração e digam-no os lábios; e eis que, ao pronunciar este Nome, as nuvens se dissipam e volta a serenidade. Se entre vós houver quem tenha caído em falta grave e, deixando-se levar pelo desespero, nutrir idéias de suicídio: não voltará ao amor da vida, se invocar este nome da vida ?” (São Bernardo)

Invoquemos, pois, o Santíssimo Nome de Jesus nas tentações, nas perseguições, na aflição. Invoquemo-lo sempre. “Por ele ofereçamos sempre a Deus um sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que lhe confessam o nome”. (Hebr. 13, 15). “ Tudo quanto fizerdes, por palavra ou por obra, tudo seja em nome do Senhor Jesus Cristo, rendendo raças por ele a Deus Padre”. (Col. 3, 17). Pronunciemos muitas vezes em vida este Nome de salvação, para que o possamos pronunciar na morte, qual penhor seguro da felicidade eterna.

R E F L E X Õ E S

Santo Inácio, Mártir, cuja festa a Igreja celebra no dia 1 de fevereiro, tinha por costume pronunciar devotamente o nome de Jesus. Deste grande Santo da Igreja antiga conta-se o seguinte: Certa vez os Apóstolos disputavam entre si, qual seria o maior no reino dos céus. Cristo entrou com eles na cidade de Cafarnaum e chamou para junto de si um menino de quatro anos, tomou-o pela mão e disse aos Apóstolos: “Se não vos converterdes e não vos fizerdes como meninos, não entrareis no reino dos céus”. O tal menino, de nome Inácio, muitas vezes ainda procurou aquele lugar, onde Nosso Senhor o tinha chamado, beijava então o chão e dizia aos companheiros: “Foi aqui que Jesus me abraçou”. Inácio cresceu, ordenou-se sacerdote e como Bispo, dirigiu a cidade de Antioquia, onde São Pedro trabalhava durante sete anos. Quando o imperador Trajano chegou a Antioquia e achou abandonados os templos dos deuses, perguntou ao prefeito pelo motivo dessa estranhável circunstância. “O culpado é o bispo dos cristãos, Inácio”, respondeu o prefeito. O santo ancião foi citado perante o imperador, que o recebeu com esta pergunta: “És tu o mau espírito, causador de tanta desordem nesta cidade ?”

Inácio respondeu: “Não é espírito mau aquele que tem Deus no coração”. O imperador: “É a Jesus de Nazaré que te referes ?” O bispo respondeu afirmativamente e disse mais umas palavras de desaprovação do culto pagão. Trajano enfureceu-se e condenou Inácio “ad leones”, a ser atirado aos leões no circo. Inácio foi levado para Roma, onde sofreu o martírio. Dois leões esfomeados esperavam impacientes a presa. Antes de ser triturado pelos dentes das feras, Inácio disse em voz alta uma oração e terminou com estas palavras: “O Nome de Jesus não desaparecerá dos meus lábios; se isto fosse possível, continuaria inextinguível em meu coração”. Os leões mataram-no e comeram-no, deixando apenas ossos e o coração. O coração apresentava nitidamente os traços do nome de Jesus, formados por veias azuis. As preciosas relíquias foram levadas para Antioquia, onde os discípulos do mártir as depositaram sobre o altar. Isto aconteceu em 107. Deus honrou aquele Santo, devido à grande devoção que tinha ao SS. Nome de Jesus.



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Epifania do Senhor


Epifania do Senhor


A Solenidade ocorre no 1º domingo após o dia 06 de janeiro







EPIFANIA- Pelos padres claretianos (bibliografia na base)

Epifania, em grego, significa manifestação. Jesus se manifesta e revela aos reis magos, vindo do Oriente para vê-Lo e adorá-Lo, oferecendo-Lhe ouro, incenso e mirra. Jesus quer ser conhecido e amado por todos os habitantes da terra.

Ainda não se fechou o ciclo no Natal. Alcança novo ponto culminante na liturgia do dia 06 de janeiro. A festa desse dia ocupa, na Igreja Oriental, o lugar que o Natal ocupa entre nós. Trata-se da celebração de uma grande idéia: A Manifestação ou "Epifania do Senhor".

Para tanto, juntam-se três acontecimentos salvíficos: as homenagens dos Reis Magos do Oriente, o Batismo de Jesus no Jordão, as Bodas de Caná. Quer dizer, portanto, três manifestações iniciais de sua Glória.

Para epístola escolheu-se um dos trechos mais jubilosos do Livro de Isaías: 60, 1-6: "Levanta-te, Jerusalém, ilumina-te!" Deus farà brilhar a sua luz em Jerusalém, a tal ponto que os pagãos subirão para esta cidade. Em Jesus, apareceu, de Fato, a salvação de Deus para todos, em Jerusalém e na Palestina.

O Evangelho da missa narra o primeiro dos fatos salvíficos celebrados. É uma história que São Mateus conta no início de seu livro: a primeira manifestação de Jesus a não-judeus. Ela é a indicação sugestiva de que também o mundo extra-israelita está envolvido na vinda de Jesus. Por via de um sinal astronômico e de uma profecia judaica, alguns magos encontraram o Menino com sua Mãe, Maria, e prestam-lhe honra real. Desde os tempos das catacumbas, tem a arte cristã representado com predileção essa cena para, por meio dela, expressar a manifestação de Jesus ao mundo inteiro. O nome popular dessa festa é: "Dia dos Reis".

A história dos Reis Magos tem prolongamento na matança das crianças de Belém e na fuga para o Egito. A morte dos infantes inocentes, que derramaram seu sangue por Cristo, é celebrada dentro da oitava de Natal, no dia 28 de dezembro. Chama-se "Festa dos Inocentes". Quanto à fuga do Egito, ela quer significar que Jesus, ao voltar de lá, segue também os passos de seu povo, quando este outrora marchava do Egito para a terra prometida. Mateus chama a atenção sobre esse ponto: "... para que se cumprisse que o Senhor dissera pelo profeta: "Eu chamei meu filho do Egito" (Mt 2, 15). O povo israelita já se chama "filho de Deus", mas Jesus é "O" Filho de Deus por excelência. É nele que o povo voltará definitivamente da escravidão.

Acorramos mais uma vez ao presépio, em companhia dos reis magos, e ofereçamos também a Jesus, pelas mãos maternais de Maria Santíssima, o ouro do nosso amor, o incenso das nossas orações e a mirra das nossas mortificações e paciências.

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EPIFANIA - Pelo Pe. João Batista Lehmann (bibliografia na base)

A Festa que a Igreja celebra, tem o nome de Epifania, isto é, aparição do Senhor, por apresentar-nos três grandes mistérios, em que Jesus Cristo se manifestou ao mundo como Filho de Deus e Salvador do gênero humano. O primeiro destes mistérios é a adoração que os três Magos prestaram ao Menino, em Belém. O segundo é o Batismo de Jesus Cristo no Jordão, ocasião em que o Pai celeste fez a apresentação de seu Filho, dizendo: “Este é meu Filho mui amado, em quem pus minha complacência”. O terceiro, finalmente, é a transformação da água em vinho, milagre que Cristo fez, por ocasião das bodas de Caná, para manifestar aos discípulos sua missão messiânica.

Logo após seu nascimento no estábulo de Belém, Jesus Cristo quis manifestar-se aos judeus e aos pagãos. Aos pastores, que estavam nos campos vigiando os seus rebanhos, mandou celeste mensagem, por intermédio dos Anjos, que lhes anunciaram o grande acontecimento, dizendo: “Não temais; anuncio-vos uma boa nova, que há de ser para todo o povo motivo de grande alegria! Hoje na cidade de Davi, nasceu o Salvador, que é o Cristo, nosso Senhor”. (Lc. 2, 10). Aos pagãos do Oriente mandou a estrela maravilhosa, a anunciar-lhes o aparecimento daquela estrela profetizada por Balaam, nas palavras: “Uma estrela sai de Jacó, um cetro levanta-se de Israel, que esmagará os príncipes de Moab”. Os pagãos bem conheciam esta profecia, e ansiosos esperavam pelo aparecimento da estrela preconizada. Afinal a viram surgir. Sobressaindo entre as outras, pelo brilho e a posição extraordinários, chamou a atenção de três homens, conhecidos por Gaspar, Melquior e Baltazar ou, como a Bíblia os intitula, os três Magos do Oriente. Iluminados por luz divina, conheceram no aparecimento da estrela o sinal indubitável do cumprimento da palavra profética de Balaam, e sem demora trataram dos preparos da viagem, que os levassem à presença do rei dos Judeus recém-nascido. A estrela servia-lhes de guia. Seguindo-a sem desfalecimento, chegaram a Jerusalém. Pela primeira vez, ao chegarem à capital de Judá, o astro maravilhoso se lhes escondeu das vistas, e grande foi a tristeza e não menor o desapontamento do Magos. Na convicção, porém, de tratar-se de um fato por todos conhecidos e, julgando que não houvesse na cidade quem não soubesse dar-lhes as necessárias informações sobre o Rei dos Judeus recém-nascido, confiadamente entraram em Jerusalém e perguntaram: “Onde está o Rei dos Judeus, que acaba de nascer? Vimos sua estrela no Oriente, e viemos adorá-lo”. (Mt. 2, 2). Se grande foi o desaponto por não mais ver a estrela, sua fiel companheira, maior foi a decepção que experimentaram, ao notarem o espanto que essa pergunta causou às pessoas a quem dirigiram.

A chegada de três príncipes estrangeiros à capital dos Judeus provocou grande alvoroço na cidade e na corte real. O rei Herodes perturbou-se sobremodo, não sabendo o que pensar da inesperada nova. No íntimo começou a recear pelo trono. Reuniu os príncipes dos sacerdotes e os escribas do povo, para que lhe dissessem algo do lugar onde devia nascer o Cristo.

Os judeus conhecedores que eram das profecias, não duvidaram de que teria chegado o momento do Messias aparecer. Sabiam também o lugar onde, segundo o profeta Michéas, o Desejado das nações havia de nascer. A resposta dos sacerdotes não deixou nada a desejar, quanto à clareza, e era concisa nestes termos: Os sagrados livros dizem: Em Belém, terra de Judá, há de nascer o Cristo; pois está escrito pelo profeta: “Tu, Belém na terra de Judá, não és por certo a menor, entre as cidades principais da Judéia; pois é de ti que há de sair o chefe, que deve governar Israel, meu povo”. Tendo Herodes ouvido a resposta dos entendidos, mandou vir secretamente os magos, e indagou o tempo exato em que lhes tinha aparecido a estrela. Depois, mandando-os a Belém, disse-lhes: “Ide, informai-vos do Menino com cuidado, e logo que encontrardes, vinde dizer-me a fim de que eu também o vá adorar”. Não era, porém, esta a sua intenção. Falso que era, fingiu grande devoção e interesse de conhecer o Messias, e figurar entre os primeiros adoradores, quando sua intenção verdadeira era apoderar-se da criança e matá-la. Os Magos, cheios de alegria, por ter obtido informações tão claras partiram. A estrela que tinham visto no Oriente, caminhava diante deles e quando chegou em cima do lugar onde estava o Menino, parou. Por inspiração divina sabiam, que se achavam na presença d’Aquele que, nascido na pobreza, era o Rei do Universo.

Entraram na casa, e aí acharam o Menino, com Maria, sua Mãe. Tomados de profundo respeito, prostraram-se por terra e adoraram ao menino, como Deus e Salvador do mundo. Em seguida abriram os tesouros e ofereceram ao divino Infante ouro, incenso e mirra.

Cumprindo-se a profecia do rei Davi, que diz: “Reis de Tharsis e das ilhas virão oferecer-lhe presentes; os reis da Arábia e de Sabá trarão oferendas”. (S. 71, 10). Sobre o tempo que os Magos permaneceram em Belém, os Santos Livros nada dizem. Nada sabemos o que entre eles e José e Maria se passou. É, porém, provável, que se tenham demorado na cidade de Davi e que José e Maria lhes tenham referido tudo que se passara nos últimos dias, antes de sua chegada do Oriente.

Tratando da volta, quiseram, como a Herodes tinham prometido, passar por Jerusalém. Um Anjo, porém, apareceu-lhes dando-lhes a ordem expressa, que tal não fizessem. Obedientes a este celeste aviso, voltaram por caminho diferente para sua terra.

É fora de dúvida que os Magos tenham comunicado aos súditos o aparecimento do Salvador e com eles se tenham convertido à religião, de que se confessaram fiéis discípulos até o fim da vida. Um autor antiqüíssimo, na explicação que faz do Evangelho de São Mateus, diz que o Apóstolo Tomé os batizou na Pérsia e com eles milhares de súditos. Uma tradição existe, segundo a qual as relíquias dos Magos foram transportadas para Constantinopla, e de lá passaram para Milão, de onde, no século 12, o Imperador Frederico Barboroxa as transladou para Colônia, em cuja majestosa Catedral são até hoje veneradas.

Reflexões:

Os três Magos são, com toda razão, chamados as primícias da nossa fé, e sua festa é digna de ser celebrada com a maior solenidade, em sinal de alegria, por Deus ter chamado também os pagãos, ao conhecimento da religião de seu filho Unigênito. “É um benefício imenso, que Deus me fez, ter-me chamado à existência num tempo e numa terra, onde reina a verdadeira religião”, diz Santo Agostinho. “Milhares e milhares de homens vejo, que não tem esta felicidade. Quantos milhões são ainda pagãos?” – Agradece de todo coração a Deus a graça de tua vocação cristã e procura tornar-se cada vez mais digno da mesma.

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4º Domingo do Advento - Acende-se a QUARTA VELA


4º Domingo do Advento - Acende-se a QUARTA VELA

A quarta vela marca os passos de preparação para acolher o Salvador, nossa expectativa da chegada definitiva da Luz ao mundo. Simboliza ainda nossa fé em Jesus Cristo, que ilumina todo homem que vêm a este mundo e também os ensinamentos dos profetas, que anunciaram a chegada do Salvador.

Oração:

Céus, deixai cair o orvalho, nuvens, chovei o justo; abra-se a terra, e brote o Salvador!

3º Domingo do Advento - Acende-se a TERCEIRA VELA (Rosa)


3º Domingo do Advento - Acende-se a TERCEIRA VELA (Rosa)

A terceira vela acesa nos convida à alegria e ao júbilo pela aproximação da chegada de Jesus. A cor litúrgica de hoje, o rosa, indica justamente o Domingo da Alegria, ou o Domingo Gaudette, onde transborda nosso coração de alegria pela proximidade da chegada do Senhor. Esta vela lembra ainda a alegria celebrada pelo rei Davi e sua promessa que, agora, está se cumprindo em Maria.

Oração:

Alegrai-vos sempre no Senhor! De novo vos digo: Alegrai-vos! O Senhor está perto"

2º Domingo do Advento - Acende-se a SEGUNDA VELA


2º Domingo do Advento - Acende-se a SEGUNDA VELA

A segunda vela acesa nos convida ao desejo de conversão, arrependimento dos nossos pecados e também o compromisso de prepararmos, assim como São João Batista, o caminho do Senhor que virá. Esta vela lembra ainda a fé dos patriarcas e de São João Batista, que anuncia a salvação para todos os povos.

Oração:

A luz de Cristo, que esperamos neste Advento, enxugue todas as lágrimas, acabe com todas as trevas, consolem quem está triste e encha nossos corações da alegria de preparar sua vinda neste novo ano de graça!

AS QUATRO VELAS


AS QUATRO VELAS

Rito - Na celebração eucarística, um pequeno rito pode ser colocado no início da celebração, liturgia da palavra ou qualquer outro momento conforme o designar o celebrante. O acender das velas, normalmente é aberto com a bênção das velas, canto e oração própria. Seria também muito próprio fazer, em nossas casas, uma breve oração e acendimento das velas nos Domingos que antecedem o natal.

1º Domingo do Advento - Acende-se a PRIMEIRA VELA

A luz nascente nos conclama a refletir e aprofundar a proximidade do Natal, onde Cristo, Salvador e Luz do mundo brilhará para a humanidade. Lembra ainda o perdão concedido a Adão e Eva. A cor roxa nos recorda nossa atitude de vigilância diante da abertura e espera do Senhor que virá.

Oração:

A luz de Cristo, que esperamos neste Advento, enxugue todas as lágrimas, acabe com todas as trevas, consolem quem está triste e encha nossos corações da alegria de preparar sua vinda neste novo ano de graça!

As quatro velas do Advento


As quatro velas do Advento








Liturgicamente, o tempo do Advento (do latim adventus = chegada) corresponde às quatro semanas que antecedem o Natal. As quatro velas representam essas quatro semanas e serão acesas, uma a uma, desde o primeiro domingo do Advento até o quarto domingo, sucessivamente. Via de regra as cores das velas devem corresponder à cor do tempo litúrgico - roxa -, diferenciando-se a terceira vela - rosa - como alegre preparação para a vinda do Senhor.

Neste sentido, relembramos que as vestes litúrgicas devem ser de cor roxa, como sinal de nossa conversão em preparação para o Natal, com exceção do terceiro domingo, onde o rosa substitui o roxo, revelando o Domingo da Alegria (ou Domingo Gaudette). O Advento deve ser tempo de celebração onde a sobriedade e a moderação são características peculiares da liturgia, evitando-se antecipar a plena alegria da festa do Natal de Jesus. Por isso, neste período não se entoa o "Glória" e nossos passos, nesse recolhimento, seguem em direção ao sublime momento do nascimento de Jesus.

Divino Pai Eterno






Comemoração: 1º domingo do mês de julho









A devoção ao Divino Pai Eterno, particularmente, no Brasil, já conta mais de 160 anos e busca sua origem nas proximidades do Córrego do Barro Preto (Goiás) onde um casal de trabalhadores rurais (Constantino Xavier e Ana Rosa), enquanto trabalhavam na roça, encontraram um medalhão confeccionado em barro, cuja estampa trazia a imagem da Santíssima Trindade coroando Nossa Senhora. Levaram então o medalhão para casa e a partir desse dia, observou-se uma série de milagres no Estado de Goiás, região centro-oeste do Brasil. O número de fiéis cresceu vertiginosamente e a casa de Constantino já não comportava o fluxo de devotos. Por isso, em 1843, foi erigida uma capela, que logo iria também tornar-se pequena. Constantino, então, encomendou uma réplica da figura estampada no medalhão, confeccionada em madeira pelo artista plástico Veiga Valle e que foi posta junto à nova capela que construiu com auxílio da comunidade. Difundiu-se por toda a região grande comemoração festiva, que culmina com a Novena no dia da grande festa, ou seja, sempre no primeiro domingo do mês de julho.

A representação artística das três pessoas divinas, Pai, Filho e Espírito Santo se caracterizam pela imagem do Pai, mais velho, do Filho, mais jovem, insinuando Sua presença no tempo e do Espírito Santo, em forma de pomba como narra o Evangelho por ocasião do Batismo de Jesus. É a síntese da Onipotência de Deus nas três pessoas da Santíssima Trindade coroando Sua Mãe, intercede e advoga por todos nós, pobres pecadores.


Situada na cidade de Trindade - Goiás, a Basílica é o único Santuário no mundo dedicado ao Divino Pai Eterno, sob a responsabilidade dos missionários da Congregação do Santíssimo Redentor, ou padres Missionários Redentoristas. Eles estabeleceram-se na região em 1894 e fixaram residência na cidade de Campininhas das Flores e no já ano seguinte, os Redentoristas entraram oficialmente em Barro Preto, onde iniciaram um amplo processo de evangelização, organização eclesial, paroquial e acompanhamento espiritual das populações regionais e circunvizinhas. Os Redentoristas tiveram papel preponderante na organização e expansão da devoção ao Divino Pai Eterno. Hoje administram a paróquia composta por quarenta comunidades e cuidam do Santuário Velho (Acesse o site oficial do Divino Pai Eterno - clicando aqui).

O Papa João Paulo II, quando esteve no Brasil, enalteceu a devoção ao Divino Pai Eterno, em sua homilia proferida na esplanada do Estádio "Serra Dourada" de Goiânia, no dia 15 de outubro de 1991:

"Com particular satisfação, dirijo-me a esta representação do Divino Pai Eterno, na sua atitude de coroar a Beatíssima Virgem Maria. Sei que o povo dessa Arquidiocese e de todo o Goiás, tem muita devoção ao Divino Pai Eterno e, esta representação, exprime muito bem o sentido misterioso da Redenção realizada pelo Deus Homem que, para nos salvar, veio ao mundo, por vontade do Pai, encarnando-se no seio puríssimo da Virgem Maria.

"Nisto, caríssimos filhos do Brasil, se resume toda a beleza das insondáveis riquezas do amor de Deus pelos homens, que quis reunir na Igreja Católica todas as ovelhas para que, ao fim dos tempos, constituam um só rebanho com um único pastor!

"Por um desígnio insondável da Providência, a Igreja é este mistério, manifestado pela livre disposição da sabedoria e da bondade do Pai de se comunicar. Tal comunicação se realiza pela missão do Filho e o envio do Espírito Santo, para salvação dos homens. Na ação divina tem origem a criação, como história dos homens, pois ela tem seu “princípio”, no sentido mais pleno da palavra (Jo 1, 1), em Jesus Cristo, o Verbo feito carne. A Igreja é esse mistério que tem sua origem da Trindade Santíssima, à qual está intimamente unida e sem a qual não poderia subsistir. É este o fundamento da unidade eclesial em si mesma, e da unidade com seu Povo. (...)

"Quero, por fim, caríssimos Irmãos e Irmãs, agradecer o acolhimento do Arcebispo de Goiânia, Dom Antônio Ribeiro de Oliveira e de todos os bispos deste Estado. Que a Virgem Maria, a quem os goianos gostam de venerar como Nossa Senhora da Abadia, volte seu olhar para este povo querido, para seus pastores, para seus lares e seus trabalhos, dando a cada um sentir sempre os efeitos de sua proteção materna."

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No dia de 10 março de 1999, o Papa João Paulo II dedicou a reflexão da audiência geral das quartas-feiras, na Praça de São Pedro, à relação de Jesus com o Pai, como revelação do mistério da Santíssima Trindade, como transcrevemos a seguir:




JOÃO PAULO II
AUDIÊNCIA

A relação de Jesus com o Pai, revelação do mistério trinitário

Quarta-feira 10 de Março de 1999



Queridos irmãos e irmãs,

1. Como vimos na catequese precedente, com as Suas palavras e obras Jesus entretém com o «Seu» Pai uma relação muito especial. O evangelho de João sublinha que tudo o que Ele comunica aos homens é fruto desta união íntima e singular: «Eu e o Pai somos um» (Jo 10, 30). E ainda: «Tudo quanto o Pai tem é Meu» (Jo 16, 15). Existe uma reciprocidade entre o Pai e o Filho, naquilo que conhecem de Si mesmos (cf. Jo 10, 15), naquilo que são (cf. Jo 14, 10), naquilo que fazem (cf. Jo 5, 19; 10, 38) e naquilo que possuem: «Tudo o que é Meu é Teu, e tudo o que é Teu é Meu» (Jo 17, 10). Trata-se dum intercâmbio recíproco que encontra a sua expressão plena na glória, que Jesus obtém do Pai no mistério supremo da morte e da ressurreição, depois de a ter Ele mesmo conseguido do Pai durante a vida terrena: «Pai, chegou a hora: Glorifica o Teu Filho para que também o Teu Filho Te glorifique... Glorifiquei-Te na Terra... Agora glorifica-Me Tu, ó Pai, junto de Ti» (Jo 17, 1.4 s.).

Esta união essencial com o Pai não só acompanha a atividade de Jesus, mas qualifica o Seu ser inteiro. «A Encarnação do Filho de Deus revela que Deus é o Pai eterno, e que o Filho é consubstancial ao Pai, quer dizer que n'Ele e com Ele é o mesmo e único Deus» (Catecismo da Igreja Católica [CIC], n. 262). O evangelista João põe em evidência que precisamente a esta pretensão divina reagem os chefes religiosos do povo, não tolerando que Ele chame a Deus seu Pai e Se faça portanto igual a Deus (cf. Jo 5, 18; cf. 10, 33; 19, 7).

2. Em virtude desta consonância no ser e no agir, Jesus revela o Pai tanto com as palavras como com as obras: «Ninguém jamais viu a Deus; o Filho único que está no seio do Pai é que O deu a conhecer» (Jo 1, 18). A «predileção» de que Cristo goza é proclamada no seu batismo, segundo a narração dos Evangelhos sinópticos (cf. Mc 1, 11; Mt 3, 17; Lc 3, 22). Ela é reconduzida pelo evangelista João à sua raiz trinitária, ou seja, à misteriosa existência do Verbo «junto» do Pai (cf. Jo 1, 1), que O gerou na eternidade.

Partindo do Filho, a reflexão do Novo Testamento, e depois a teologia nela arraigada, aprofundaram o mistério da «paternidade» de Deus. O Pai é Aquele que na vida trinitária constitui o princípio absoluto, Aquele que não tem origem e do Qual provém a vida divina. A unidade das três Pessoas é partilha da única essência divina, mas no dinamismo de relações recíprocas que, no Pai, têm a fonte e o fundamento. «É o Pai que gera, o Filho que é gerado, o Espírito Santo que procede» (IV Concílio de Latrão: DS, 804).

3. Deste mistério que supera infinitamente a nossa inteligência, o apóstolo João oferece-nos uma chave, quando na primeira carta proclama: «Deus é amor» (4, 8). Este vértice da revelação indica que Deus é ágape, isto é, dom gratuito e total de Si, cujo testemunho foi-nos dado por Cristo com a Sua morte na cruz. No sacrifício de Cristo, revela-se o infinito amor do Pai pelo mundo (cf. Jo 3, 16; Rm 5, 8). A capacidade de amar de maneira infinita, doando-Se sem reservas e sem medida, é própria de Deus. Em virtude deste seu ser Amor Ele, ainda antes da livre criação do mundo, é Pai na própria vida divina: Pai amante que gera o Filho amado e, com Ele, dá origem ao Espírito Santo, a Pessoa-Amor, vínculo recíproco de comunhão.

Sobre esta base a fé cristã compreende a igualdade das três Pessoas divinas: o Filho e o Espírito são iguais ao Pai não como princípios autônomos, como se fossem três deuses, mas enquanto recebem do Pai toda a vida divina, distinguindo-Se d'Ele e reciprocamente só na diversidade das relações (cf. CIC, n. 254).

Mistério grande, mistério de amor, mistério inefável, diante do qual a palavra deve dar lugar ao silêncio da admiração e da adoração, porque a participação da vida trinitária nos foi oferecida pela graça, através da encarnação redentora do Verbo e do dom do Espírito Santo: «Se alguém Me ama, guardará a Minha Palavra: Meu Pai amá-lo-á e viremos a ele e faremos nele morada» (Jo 14, 23).

4. A reciprocidade entre o Pai e o Filho torna-se assim para nós crentes princípio de vida nova, que nos consente participar da própria plenitude da vida divina: «Todo aquele que confessar que Jesus Cristo é o Filho de Deus, Deus está nele e ele em Deus» (1 Jo 4, 15). O dinamismo da vida trinitária é vivido pelas criaturas, de tal modo que tudo converge para o Pai, mediante Jesus Cristo, no Espírito Santo. É quanto ressalta o Catecismo da Igreja Católica: «Toda a vida cristã é comunhão com cada uma das pessoas divinas, sem de modo algum as separar. Todo aquele que dá glória ao Pai, fá-lo pelo Filho no Espírito Santo» (n. 259).

O Filho tornou-Se «Primogênito de muitos irmãos» (Rm 8, 29); através da Sua morte o Pai nos regenerou (cf. 1 Pd 1, 3; cf. também Rm 8, 32; Ef 1, 3), de maneira que no Espírito Santo possa- mos invocá-l'O com o mesmo termo usado por Jesus: «Abbá» (Rm 8, 15; Gl 4, 6). São Paulo ilustra mais ainda este mistério, dizendo que «o Pai nos fez dignos de participar da sorte dos santos na luz. Ele livrou-nos do poder das trevas e transferiu-nos para o Reino de Seu Filho muito amado» (Cl 1, 12-13). E o Apocalipse assim descreve a sorte escatológica daquele que luta e, com Cristo, vence o poder do mal: «Ao que vencer, conceder-lhe-ei que se sente Comigo no Meu trono, assim como Eu venci e Me sentei com Meu Pai no Seu trono» (3, 21). Esta promessa de Cristo abre-nos uma perspectiva maravilhosa de participação na sua intimidade celeste com o Pai.



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O TERÇO DA MISERICÓRDIA


O TERÇO DA MISERICÓRDIA





Jesus também pediu à Irmã Faustina a oração do Terço da Misericórdia, o qual pediu que fosse rezado da seguinte forma (se não souber rezar o terço comum, visualize a figura e orações abaixo):



"Eis como rezarás o terço da minha misericórdia. Começarás dizendo um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e o Credo"




E as demais contas do terço, assim:

1 - Nas Contas grandes (Pai-Nosso)

Eterno Pai, eu vos ofereço o Corpo e Sangue, Alma e divindade de Vosso Diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação dos nossos pecados e do mundo inteiro.

2 - Nas contas pequenas (das Ave-Marias)

Pela sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro.


No final do terço

Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende piedade de nós e do mundo inteiro.






ORAÇÃO DE AGRADECIMENTO:



Ó Jesus, deus oculto e misterioso, eu vos agradeço pelos inumeráveis dons e pelos benefícios que me fizestes. Cada bater do meu coração renove o hino de agradecimento que eu dirijo a vós, Senhor. A minh'alma seja um hino de adoração á vossa misericórdia. Ó meu Deus, eu vos amo por vós. Amém

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Festa da Divina Misericórdia


Festa da Divina Misericórdia


Comemoração litúrgica: Primeiro domingo depois da Páscoa







A Festa da Divina Misericórdia que ocorre no primeiro domingo depois da Páscoa, estabelecida oficialmente como festa universal pelo Papa João Paulo II.

"Por todo o mundo, o segundo Domingo da Páscoa irá receber o nome de Domingo da Divina Misericórdia, um convite perene para os cristãos do mundo enfrentarem, com confiança na divina benevolência, as dificuldades e desafios que a humanidade irá experimentar nos anos que virão" (Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, Decreto de 23 de Maio de 2000).

Encontra suas origens em Santa Maria Faustina Kowalska, que na década de 30 obteve de Jesus, revelações acêrca da instituição dessa festa no seio da Igreja, bem como profecias e manifestações que o próprio Cristo mandou que as escrevesse e retransmitisse à humanidade. Foi Jesus quem pediu a instituição da festa da Divina Misericórdia a Santa Faustina. Jesus se refere a ela 14 vezes, expressando o imenso desejo do Seu Coração Misericordioso de distribuir, neste dia, as Suas graças.

"Nenhuma alma terá justificação, enquanto não se dirigir, com confiança, à Minha misericórdia. E é por isso que o primeiro domingo depois da Páscoa deve ser a Festa da Misericórdia” (Diário, 570).

"Neste dia, estão abertas as entranhas da Minha misericórdia. Derramo todo um mar de graças sobre as almas que se aproximam da fonte da Minha misericórdia; a alma que se confessar e comungar alcançará o perdão total das culpas e castigos; nesse dia estão abertas todas as comportas Divinas, pelas quais fluem as graças;

"Que nenhuma alma tenha medo de se aproximar de mim, ainda que seus pecados sejam como escarlate. A minha misericórdia é tão grande que por toda a eternidade não a aprofundará nenhuma mente, nem humana, nem angélica. Tudo que existe saiu das entranhas da minha misericórdia" (Diário, 699).

"Dize à humanidade que sofre que se aproxime do meu coração misericordioso, e eu a cumularei de paz (Diário 1074)

Irmã Faustina era polonesa, natural da vila de Glogowiec, perto de Lodz, a terceira de uma prole de dez filhos. Aos vinte anos entrou para a Congregação de Nossa Senhora da Misericórdia, cujas irmãs se dedicavam à assistência de moças desvalidas ou em perigo de seguir o mau caminho. Em 1934, por indicação de seu diretor espiritual, iniciou um diário que intitulou "A divina misericórdia em minh'alma". A narração pormenorizada de profundas revelações e de experiências espirituais extraordinárias revela o modo pelo qual Nosso Senhor deseja incumbi-la de uma missão particularíssima - ou seja - a de relançar no mundo a mensagem da sua misericórdia unida a novas formas de culto quais sejam uma imagem e uma festa comemorativa.

A missão da irmã Faustina iniciou-se em 1931, quando o misericordioso Salvador lhe aparecer em característica visão: Ela vira de fato Jesus envolto em uma túnica branca. Tinha a mão direita alçada no ato de abençoar, enquanto a esquerda pousava no peito, onde a túnica levemente aberta deixava sair dois grandes raios, um vermelho e outro pálido. A irmã fixou em silêncio o olhar surpreso no Senhor: a sua alma, de início espantada, sentia progressivamente exultante felicidade. Disse-lhe Jesus:

"Pinta uma imagem de acordo com o modelo que vês com a inscrição embaixo: Jesus, eu confio em Vós! Desejo que esta imagem seja venerada primeiro na vossa capela e depois no mundo inteiro.

"Prometo que a alma que venerar esta imagem não perecerá. Prometo também a vitória sobre os inimigos já nesta terra mas especialmente na hora da morte. Eu mesmo a defenderei com a minha própria glória."

"Ofereço aos homens um recipiente com o qual deverá vir buscar graças na fonte da misericórdia. O recipiente é esta própria imagem com a inscrição: Jesus, eu confio em Vós!"

A pedido de seu diretor espiritual, irmã Faustina perguntou ao Senhor qual era o significado dos dois raios que tanto se destacavam na imagem:

"Os dois raios representam o sangue e a água. O raio pálido representa a água que justifica as almas, o vermelho representa o sangue, vida das almas. Ambos os raios saíram das entranhas da minha misericórdia quando na cruz, o meu coração agonizante na morte foi aberto com a lança".

"Estes raios defendem as almas da ira do meu Pai. Feliz aquele que viver sob a proteção deles, porque não será atingido pelo braço da justiça de Deus."

Em outras ocasiões, Jesus voltou a falar sobre a imagem:

"O meu olhar naquela imagem é igual ao meu olhar na Cruz"

"Mediante esta imagem concederei muitas graças às almas; ela deve recorrer às exigências da minha misericórdia, pois que a fé, mesmo se fortíssima, nada adiantará sem as obras".

"Não na beleza da cor, nem na habilidade do artista, mas na minha graça está o valor desta imagem"

TRÊS HORAS DA TARDE: HORA DA MISERICÓRDIA

"Às três da tarde, implora à minha misericórdia, especialmente pelos pecadores e, ao menos por um breve tempo, reflete sobre a minha Paixão, sobretudo sobre o abandono em que me encontrei no momento da minha agonia. Esta é uma hora de grande misericórdia para o mundo inteiro. Nesta hora não negarei nada a alguma que me pedir em nome da minha Paixão. (n. 59)

"Todas as vezes que ouvires soar três horas da tarde, mergulhe toda na minha misericórdia, adorando-a e glorificando-a. Invoca a sua onipotência para o mundo inteiro, especialmente para os pobres pecadores porque é nessa hora que estará largamente aberta para cada alma. Naquela hora obterás tudo para ti e para os outros. Naquela hora o mundo inteiro recebeu uma grande graça: A misericórdia venceu a justiça.

"Procura nessa hora realizar a Via Sacra, se os teus deveres não te impedirem. Se não for possível vai um momento à capela e venera o meu Coração cheio de misericórdia no Santíssimo Sacramento. Se não puderes ir à capela, recolhe-te um momento em oração no lugar onde te encontrares.

Eis uma invocação que se pode dizer às três horas da tarde e que Irmã Faustina repetia freqüentemente durante o dia, para renovar a sua consagração à Divina Misericórdia:

"Ó Sangue e Água que jorras do Coração de Jesus como fonte de misericórdia para nós, confio em Vós".

NOVENA DA DIVINA MISERICÓRDIA

Jesus solicitou à Irmã Faustina preparar-se para a festa da misericórdia iniciando uma novena na Sexta-feira Santa para concluí-la na Vigília do domingo posterior à Páscoa, oferecendo-a nas prescritas intenções: "Para a conversão do mundo, de modo que toda alma conheça a misericórdia so Senhor e glorifique a sua infinita bondade". Mas a cada dia da novena Jesus mesmo pede uma intenção particular, sempre acrescida de uma invocação dirigira à misericórdia do Coração de Jesus. E fez à Santa Faustina esta promessa:

"Desejo que durante estes nove dias tu conduzas as almas à fonte da minha misericórdia, a fim de que recebam força, alívio e todas as graças a elas necessárias nas fadigas da vida, mas especialmente na hora da morte. Em cada dia conduzirás ao meu coração um diferente grupo de almas e as imergirás no oceano da minha misericórdia. Eu introduzirei todas as almas na casa do meu Pai. Realizarás esta tarefa nesta vida e na futura. Por minha parte, nada negarei a nenhuma daquelas almas que tu conduzirás à fonte da minha misericórdia. Todos os dias pedirás, ao meu pai, pela minha amarga Paixão, graças para estas almas."

Nesta Novena , nós rezamos pelas intenções que Nosso Senhor Jesus Cristo indicou, rezando cada dia por um grupo de almas que Ele quer trazer ao Seu Coração. Esta Novena prepara nossa alma para a Festa da Divina Misericórdia. A seguir estão as intenções que Nosso Senhor ditou para cada dia da Novena:


- : - : - : - : - : -: - PRIMEIRO DIA - : - : - : - : - : - : -



Hoje traze-Me a humanidade inteira, especialmente todos os pecadores e mergulha-os no oceano da minha Misericórdia. Com isso Me consolarás na amarga tristeza em que Me afunda a perda das almas.


Misericordiosíssimo Jesus, de quem é próprio ter compaixão de nós e nos perdoar, não olheis os nossos pecados, mas a confiança que depositamos em Vossa infinita bondade. Acolhei-nos na mansão do vosso compassivo Coração e nunca nos deixeis sair dele.Nós vo-lo pedimos pelo amor que Vos une ao Pai e ao Espírito Santo.

Eterno Pai, olhai com misericórdia para toda humanidade, encerrada no Coração compassivo de Jesus, mas especialmente para os pobres pecadores. Pela Sua dolorosa Paixão, mostrai-nos a Vossa Misericórdia, para que glorifiquemos a onipotência da Vossa Misericórdia, por toda a eternidade. Amém.



- : - : - : - : - : -: - SEGUNDO DIA - : - : - : - : - : - : -



Hoje traze-Me as almas dos sacerdotes e religiosos e mergulha-as na minha insondável Misericórdia.

Elas Me deram força para suportar a amarga Paixão. Por elas, como por canais, corre para a humanidade a minha Misericórdia.


Misericordiosíssimo Jesus, de quem provém tudo que é bom, aumentai em nós a graça, para que pratiquemos dignas obras de misericórdia, a fim de que aqueles que olham para nós, glorifiquem o Pai da Misericórdia que está no Céu.


Eterno Pai, dirigi o olhar da vossa Misericórdia para a porção eleita da vossa vinha: Para as almas dos sacerdotes e religiosos. Concedei-lhes o poder da vossa bênção e, pelos sentimentos do Coração de vosso Filho, no qual estão encerradas, dai-lhes a força da vossa luz, para que possam guiar os outros nos caminhos da salvação e juntamente com eles cantar a glória da vossa insondável Misericórdia, por toda a eternidade. Amém.



- : - : - : - : - : -: - TERCEIRO DIA - : - : - : - : - : - : -



Hoje traze-Me todas as almas piedosas e fiéis e mergulha-as no oceano da minha Misericórdia.

Estas almas consolaram-Me na Via-sacra; foram aquela gota de consolações em meio ao mar de amarguras.


Misericordiosíssimo Jesus, que concedeis prodigamente a todas as graças do tesouro da vossa Misericórdia, acolhei-nos na mansão do vosso compassivo Coração e não nos deixeis sair dele pelos séculos; Suplicamo-Vos pelo amor inconcebível de que está inflamado o vosso Coração para com o Pai Celestial.


Eterno Pai, olhai com Misericórdia para as almas fiéis, como a herança do vosso Filho. Pela sua dolorosa Paixão concedei-lhes a vossa bênção e cercai-as da vossa incessante proteção, para que não percam o amor e o tesouro da santa fé, mas com toda a multidão dos Anjos e dos Santos glorifiquem a vossa imensa Misericórdia, por toda a eternidade. Amém.



- : - : - : - : - : -: - QUARTO DIA - : - : - : - : - : - : -


Hoje traze-Me os pagãos e aqueles que ainda não Me conhecem e nos quais pensei na minha amarga Paixão. O seu futuro zelo consolou o meu Coração. Mergulha-os no mar da minha Misericórdia.


Misericordiosíssimo Jesus, que sois a luz de todo o mundo, aceitai na mansão do vosso compassivo Coração as almas dos pagãos que ainda não Vos conhecem.Que os raios da vossa graça os iluminem para que também eles, juntamente conosco, glorifiquem as maravilhas da vossa Misericórdia e não os deixeis sair da mansão do vosso compassivo Coração.



Eterno Pai, olhai com Misericórdia para as almas dos pagãos e daqueles que ainda não Vos conhecem e que estão encerrados no Coração compassivo de Jesus.Atraí-as à luz do Evangelho. Essas almas não sabem que grande felicidade é amar-Vos.Fazei com que também elas glorifiquem a riqueza da vossa Misericórdia, por toda a eternidade. Amém.



- : - : - : - : - : -: - QUINTO DIA - : - : - : - : - : - : -


Hoje traze-Me as almas dos Cristãos separados da Unidade da Igreja e mergulha-as no mar da minha Misericórdia. Na minha amarga Paixão dilaceravam o meu Corpo e o meu Coração, isto é, a minha Igreja. Quando voltam à unidade da Igreja, cicatrizam-se as minhas Chagas e dessa maneira eles aliviam a minha Paixão.


Misericordiosíssimo Jesus que sois a própria Bondade, Vós não negais a luz àqueles que Vos pedem, aceitai na mansão do vosso compassivo Coração as almas dos nossos irmãos separados, e atraí-os pela vossa luz à unidade da Igreja e não os deixeis sair da mansão do vosso compassivo Coração, mas fazei com que também eles glorifiquem a riqueza da vossa Misericórdia.


Eterno Pai, olhai com Misericórdia para as almas dos nossos irmãos separados que esbanjaram os vossos bens e abusaram das vossas graças, permanecendo teimosamente nos seus erros. Não olheis para os seus erros, mas para o amor do vosso Filho e para a sua amarga Paixão, que suportou por eles, pois também eles estão encerrados no Coração compassivo de Jesus. Fazei com que também eles glorifiquem a vossa Misericórdia por toda a eternidade. Amém.



- : - : - : - : - : -: - SEXTO DIA - : - : - : - : - : - : -


Hoje traze-Me as almas mansas e humildes, assim como as almas das criancinhas e mergulha-as na minha Misericórdia. Estas almas são as mais semelhantes ao meu Coração. Elas me reconfortaram na minha amarga Paixão da minha agonia. Vi que no futuro iriam velar junto aos meus altares como anjos terrestres. Sobre elas derramo torrentes de graças. Só a alma humilde é capaz de aceitar a minha graça; às almas humildes favoreço com a minha confiança.


Misericordiosíssimo Jesus, que dissestes: "Aprendei de Mim que sou manso e humilde de coração", aceitai na morada do vosso compassivo Coração as almas mansas e humildes e as almas das criancinhas.
Essas almas encantam o Céu todo e são a especial predileção do Pai Celestial, são como um ramalhete diante do trono de Deus, com cujo perfume o próprio Deus se deleita. Estas almas têm morada permanente no Coração compassivo de Jesus e cantam sem cessar um hino de amor e misericórdia pelos séculos.


Eterno Pai, olhai com Misericórdia para as almas mansas e humildes e para as almas das criancinhas, que estão encerradas na morada compassiva do Coração de Jesus. Essas almas são as mais semelhantes a vosso Filho; o perfume destas almas eleva-se da Terra e alcança o vosso trono. Pai de Misericórdia e de toda bondade, suplico-Vos pelo amor e predileção que tendes para com estas almas, abençoai o mundo todo, para que todas as almas cantem juntamente a glória à vossa Misericórdia, por toda a eternidade. Amém.



- : - : - : - : - : -: - SÉTIMO DIA - : - : - : - : - : - : -


Hoje traze-Me as almas que veneram e glorificam de maneira especial a minha Misericórdia e mergulha-as na minha Misericórdia. Estas almas foram as que mais sofreram por causa da minha Paixão e penetraram mais profundamente no meu espírito. Elas são a imagem viva do meu Coração compassivo. Estas almas brilharão com especial fulgor na vida futura. Nenhuma delas irá ao fogo do Inferno; defenderei cada uma delas de maneira especial na hora da morte.


Misericordiosíssimo Jesus, cujo Coração é o próprio amor, aceitai na morada do vosso compassivo Coração as almas que honram a glorificam de maneira especial a grandeza da vossa Misericórdia. Essas almas potentes pela força poderosa do próprio Deus, avançam entre penas e adversidades, confiando na vossa Misericórdia. Essas almas estão unidas com Jesus e carregam sobre os seus ombros a humanidade inteira.
Elas não serão julgadas severamente, mas a vossa Misericórdia as envolverá no momento da morte.


Eterno Pai, olhai com Misericórdia para as almas que glorificam e honram o vosso maior atributo, isto é, a vossa inescrutável Misericórdia; Elas estão encerradas no Coração compassivo de Jesus. Estas almas são o Evangelho vivo e as suas mãos estão cheias de alegria, cantam um cântico de misericórdia ao Altíssimo. Suplico-Vos, ó Deus, mostrai-lhes a vossa Misericórdia segundo a esperança e confiança que em Vós colocaram. Que se cumpra nelas a promessa de Jesus, que disse: "As almas que veneram a minha insondável Misericórdia, Eu mesmo as defenderei na vida, especialmente na hora da morte, como minha glória." Amém.



- : - : - : - : - : -: - OITAVO DIA - : - : - : - : - : - : -


Hoje traze-Me as almas que se encontram na prisão do Purgatório e mergulha-as no abismo da minha Misericórdia; que as torrentes do meu Sangue refresquem o seu ardor. Todas estas almas são muito amadas por Mim, pagam as dívidas à minha Justiça. Está em teu alcance trazer-lhes alívio. Tira do tesouro da minha Igreja todas as indulgências e oferece-as por elas. Oh, se conhecesses o seu tormento, incessantemente oferecerias por elas a esmolas do espírito e pagarias as suas dívidas à minha Justiça.


Misericordiosíssimo Jesus, que dissestes que quereis misericórdia, eis que estou trazendo à mansão do vosso compassivo Coração as almas do Purgatório, almas que Vos são muito queridas e que no entanto devem dar reparação à vossa Justiça; Que as torrentes de Sangue e Água que brotaram do vosso Coração apaguem as chamas do fogo do Purgatório, para que também ali seja glorificado o poder da vossa Misericórdia.



Eterno Pai, olhai com Misericórdia para as almas que sofrem no Purgatório e que estão encerradas no Coração compassivo de Jesus. Suplico-Vos que, pela dolorosa Paixão de Jesus, vosso Filho, e por toda a amargura de que estava inundada a sua santíssima Alma, mostrai a vossa Misericórdia às almas que se encontram sob o olhar da vossa Justiça; Não olheis para elas de outra forma senão através das Chagas de Jesus, vosso diletíssimo Filho, porque nós cremos que a vossa bondade e Misericórdia são incomensuráveis. Amém.



- : - : - : - : - : -: - NONO DIA - : - : - : - : - : - : -


Hoje traze-Me as almas tíbias e mergulha-as no abismo da minha Misericórdia. Estas almas ferem mais dolorosamente o meu Coração. Foi da alma tíbia que a minha Alma sentiu repugnância no Horto. Elas levaram-Me a dizer: Pai afasta de Mim este cálice, se assim for a vossa vontade. Para elas, a última tábua de salvação é recorrer a minha Misericórdia.


Ó compassivo Jesus, que sois a própria Compaixão, trago à morada do vosso compassivo Coração as almas tíbias; Que se aqueçam no fogo do vosso amor puro estas almas frias que são semelhantes a cadáveres e Vos enchem de tanta repugnância. Ó Jesus, muito compassivo, usai a força da vossa Misericórdia e atraí-as até o fogo do vosso amor e concedei-lhes o amor Santo, porque Vós tudo podeis.



Eterno Pai, olhai com Misericórdia para as almas tíbias e que estão encerradas no Coração compassivo de Jesus. Pai de Misericórdia, suplico-Vos pela amargura da Paixão do vosso Filho e por sua agonia de três horas na Cruz, permiti que também elas glorifiquem o abismo da vossa Misericórdia. Amém.




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DEVOÇÃO AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS


DEVOÇÃO AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

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ENTRONIZAI OS CORAÇÕES DE JESUS E DE MARIA EM VOSSOS E LARES



ATO DE CONSAGRAÇÃO AOS

SAGRADOS CORAÇÕES DE JESUS E MARIA



"Sacratíssimos Corações de Jesus e de Maria, a vós me consagro, assim como toda minha família. Consagramos a vós nosso próprio ser, toda nossa vida, tudo o que somos, tudo o que temos, e tudo o que amamos.



A vós damos nossos corações e nossas almas. A vós dedicamos nosso lar e nosso país. Conscientes de que, através desta consagração nós, agora, vos prometemos viver cristãmente praticando as virtudes de nossa religião, sem nos envergonharmos de testemunhar a fé.



Ó Sacratíssimos Corações de Jesus e de Maria, aceitai esta humilde oferta de entrega de cada um de nós, através deste ato de consagração.






ORIGEM DA DEVOÇÃO AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS


Na sexta-feira depois da oitava da festa do Corpo de Deus, a Igreja celebra a festa do Sagrado Coração de Jesus. De acordo com os desejos de Nosso Senhor, manifestados a Santa Margarida Maria Alacoque, deve ser dia de reparação, pela ingratidão, frieza, desprezo e sacrilégios que muitas vezes sofreu na Eucaristia, por parte de maus cristãos, e às vezes até por parte de pessoas que se presumem piedosas. Em todas as igrejas se fazem neste dia, solenes atos coletivos de reparação. Para estimular os cristãos e retribuir com amor tantas e tão grandes provas de amor do divino Coração de Jesus, dedicou à sua veneração, não só a primeira sexta-feira de cada mês, mas também um mês inteiro, o mês de junho.

No dia 16 de junho de 1675, durante uma exposição do Santíssimo Sacramento, Nosso Senhor apareceu a Santa Margarida Maria Alcoque e, descobrindo seu Coração, disse-lhe: “Eis o coração que tanto tem amado aos homens e em recompensa não recebe, da maior parte deles, senão ingratidões pelas irreverências e sacrilégios, friezas e desprezos que tem por Mim neste Sacramento de Amor”.



Quem é devoto do Sagrado Coração de Jesus?




“Tem devoção ao Sagrado Coração de Jesus, quem considera o amor que Jesus Cristo patenteou na sua vida, na morte e no SSmo Sacramento, quem considera os afetos, os sofrimentos da alma de Jesus Cristo.

“É devoto do Sagrado Coração de Jesus, quem ama a Jesus Cristo, imita suas virtudes; quem Lhe faz reparação honorífica dos ultrajes que recebe e tudo isto, para corresponder ao amor que Ele nos vota.

“O Sagrado Coração de Jesus, na “GRANDE PROMESSA”, concedeu a inestimável graça da perseverança final aos que comungarem na primeira sexta-feira de nove meses seguidos. Pelo que se introduziu o exercício de devoções em honra do Sagrado Coração, na primeira sexta-feira de cada mês. Além da graça prometida, ganha-se uma indulgência plenária (Comunhão, reparação, oração e meditação por algum tempo sobre a infinita bondade do Sagrado Coração). (Pe. Réus: “Orai”)

Jesus, portanto, quer que Lhe demos amor e reparação das ofensas contra a Eucaristia, honrando e venerando o seu divino Coração.

E como para nos obrigar a isto, fez as seguintes magníficas promessas, em que fala a misericórdia do seu Sagrado Coração:

AS PROMESSAS




<> Dar-lhes-ei todas as graças necessárias ao seu estado.

<> Porei paz em suas famílias.

<> Consolá-los-ei em todas as suas aflições.

<> Serei o seu refúgio na vida e principalmente na morte.

<> Derramarei abundantes bênçãos sobre todas as suas empresas .

<> Os pecadores acharão no meu Coração o manancial e o oceano infinito de misericórdia.

<> As almas tíbias tornar-se-ão fervorosas.

<> As almas fervorosas| altear-se-ão, rapidamente, às eminências da perfeição.

<> Abençoarei as casas, onde se expuser e venerar a imagem do meu Sagrado Coração.

<> Darei aos sacerdotes o dom de abrandarem os corações mais endurecidos.

<> As pessoas que propagarem estas devoção, terão os seus nomes escritos no meu Coração, para nunca dele serem apagados.

<> A GRANDE PROMESSA: Prometo-te, pela excessiva misericórdia e pelo amor todo-poderoso do meu Coração, conceder a todos que comungarem nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, a graça da penitência final, que não morrerão em minha inimizade, nem sem receberem os seus sacramentos, e que o meu divino Coração lhes será seguro asilo nesta última hora.

Segue abaixo, a ficha de controle para as pessoas que se dispuserem a fazer as Comunhões Reparadoras ao Sagrado Coração de Jesus:

MINHAS COMUNHÕES REPARADORAS:



EU, ___________________________________________________, eu fiz a Comunhão Reparadora nas primeiras sextas-feiras dos seguintes meses:

1. No mês de ____________________ de 20___

2. No mês de ____________________ de 20___

3. No mês de ____________________ de 20___

4. No mês de ____________________ de 20___

5. No mês de ____________________ de 20___

6. No mês de ____________________ de 20___

7. No mês de ____________________ de 20___

8. No mês de ____________________ de 20___

9. No mês de ____________________ de 20___

E PROMETO ao Sagrado Coração de Jesus em levar uma vida digna de católico (a) praticante e fervoroso (a).




<> ENTRONIZAI O CORAÇÃO DE JESUS EM VOSSO CORAÇÃO ! <>

Divino Amigo, perseguido pelos inimigos e ferido no Coração pela tibieza de tantos amigos, vos queixastes a Santa Margarida: “Não acho, quem me ofereça um lugar de repouso... quero que teu coração me sirva de asilo...”, eu quero aliviar vossa queixa e dar ao vosso Coração o asilo, que tantas almas lhe negam, quando dizem, ao menos com as suas obras: “Não queremos que Ele reine sobre nós”. De minha parte, pelo contrário, só Vós haveis de ser o meu Rei. Vivei em mim que já não quero outra vida senão a vossa, outros interesses senão os da vossa glória, esvazio inteiramente meu coração e de par em par vo-lo abro. Entrai, Senhor! Dai-me o vosso Coração. Ele será o meu Rei muito amado. A Ele consagro e abandono meus interesses espirituais e temporais, meus sentidos e potências, minha vontade e todo o meu ser. Divino Coração de Jesus, reinai no meu coração! Imaculado Coração de Maria, defendei e dilatai nele o Reino de vosso Filho. Amém.

Coração Eucarístico de Jesus, Modelo do coração sacerdotal,

Tende piedade de nós! (300 dias)

Enviai, Senhor, à vossa Igreja,

Santos sacerdotes e fervorosos religiosos! (300 dias)






MINHA CONSAGRAÇÃO



Divino Salvador que, perseguido pelos inimigos e ferido no Coração pela tibieza de tantos amigos, Vos queixastes a Santa Margarida: “Tenho procurado consoladores e não os tenho encontrado...”.

Aqui estou, Senhor, para Vos consolar: Quero adorar vossa Majestade escondida, quero reparar as ofensas minhas e dos outros, quero amar o vosso amor desprezado e abandonado. Consagro-me inteiramente ao vosso divino Coração. Sêde Vós somente o meu Rei. Ajudai-me, Senhor, a difundir nas almas o reino do vosso Coração. Acendei a chama do vosso amor no coração dos vossos sacerdotes, para que se tornem apóstolos infatigáveis e portadores das bênçãos do vosso divino Coração.

Fazei que compreendam, finalmente, a honra e a obrigação que têm de Vos amar, para que, unidos entre si com os laços da vossa caridade, glorifiquem todos o vosso divino Coração, que é para nós, fonte de vida e salvação.


"Divino Coração de Jesus, reinai em meu coração!

Imaculado Coração de Maria, defendei e dilatai nele o Reino de vosso Filho. Amém!"

Solenidade de Corpus Christi


Solenidade de Corpus Christi


Comemoração litúrgica - Quinta-feira após a festa da Santíssima Trindade




A Igreja celebra Corpus Christi (Corpo de Deus) como festa de contemplação, adoração e exaltação, onde os fiéis se unem em torno de sua herança mais preciosa deixada por Cristo, o Sacramento da sua própria presença.

A solenidade do Corpo de Deus remonta o século XII, quando foi instituída pelo Papa Urbano IV em 1264, através da bula “Transiturus”, que prescreveu esta solenidade para toda a Igreja Universal.

A origem da festa deu-se por um fato extraordinário ocorrido ao ano de 1247, na Diocese de Liége – Bélgica. Santa Juliana de Cornillon, uma monja agostiniana, teve consecutivas visões de um astro semelhante à lua, totalmente brilhante, porém com uma incisão escura. O próprio Jesus Cristo a ela revelou que a lua significava a Igreja, a sua claridade as festas e, a mancha, sinal da ausência de uma data dedicada ao Corpo de Cristo. Santa Juliana levou o caso ao bispo local que, em 1258, acabou instituindo a festa em sua Diocese.

O fato, na época, havia sido levado também ao conhecimento do bispo Jacques de Pantaleón que, quase duas décadas mais tarde, viria a ser eleito Papa (Urbano IV), ou seja, ele próprio viria a estender a solenidade a toda a Igreja Universal. O fator, que deflagrou a decisão do Papa, e que viria como que a confirmar a antiga visão de Santa Juliana, deu-se por um grande milagre ocorrido no segundo ano de seu pontificado: O milagre eucarístico de Bolsena, no Lácio, onde um sacerdote tcheco, Padre Pietro de Praga, colocando dúvidas na presença real de Cristo na Eucaristia durante a celebração da santa Missa, viu brotar sangue da hóstia consagrada. (Semelhante ao milagre de Lanciano, ocorrido no início do Século VIII). O fato foi levado ao Papa Urbano IV, que encarregou o bispo de Orvietro a levar-lhe as alfaias litúrgicas embebidas com o Sangue de Cristo. Instituída para toda a Igreja, desde então, a data foi marcada por concentrações, procissões e outras práticas religiosas, de acordo com o modo de ser e de viver de cada país, de cada localidade.

No Brasil, a festa foi instituída em 1961. A tradição de enfeitar as ruas com tapetes ornamentados originou-se em Ouro Preto, Minas Gerais e a prática foi adotada em diversas dioceses do território nacional. A celebração de Corpus Christi consta da santa missa, da procissão e da adoração do Santíssimo. Lembra a caminhada do povo de Deus, que é peregrino, em busca da Terra Prometida. No Antigo Testamento, esse povo foi alimentado com o maná no deserto e hoje, ele é alimentado com o próprio Corpo de Cristo. Durante a missa, o celebrante consagra duas hóstias, sendo uma consumida e a outra apresentada aos fiéis para adoração, como sinal da presença de Cristo vivo no coração de sua Igreja.

Reflexões

Os católicos tem plena convicção da presença real de Cristo na Eucaristia. Jesus está verdadeiramente presente, de dia e de noite, em todos os Sacrários do mundo inteiro. Contudo, nos parece que esta certeza já não reside com tanta intensidade no coração do homem moderno. O maior Tesouro que existe sobre a terra, "que possui o valor do próprio Deus", a Eucaristia, Cristo a deixou para os homens .... de graça! Se mesmo na condição de pecadores, assombramo-nos com o descaso a tão valioso Sacramento, impossível assimilar o sentimento de Deus ante a indiferença dos homens com a Eucaristia.

Ao contrário do que se imagina, a Igreja está mais preocupada em pregar e difundir a Sã Doutrina, do que com o número de ovelhas em seu aprisco. A Igreja não trabalha baseada em dados estatísticos, mas com a difusão do Evangelho. Nesse sentido, lembremos que houve debandada geral da turba quando Jesus revelou publicamente: "Minha carne é verdadeiramente comida e meu Sangue, verdadeiramente bebida". Ao ouvir isto, o povo escandalizado deu as costas à Jesus; todos evadiram-se, restando apenas doze. Jesus não deu maiores explicações, nem correu atrás da multidão desolada, pelo contrário, simplesmente perguntou aos doze: "Quereis vós também retirar-vos?". No que São Pedro respondeu: "A quem iríamos nós, Senhor? Só Tu tens palavras de vida eterna" (Cf. Jo 6, 52 - 68). Portanto, é absolutamente claro que: "Jesus não depende das multidões, as multidões é que dependem d'Ele", assim como "A Igreja de Cristo não depende dos fiéis, os fiéis é que dependem dela para chegarem a Cristo" (Livro Oriente)

Ao aproximarmo-nos do Santo Sacrário, tenhamos a confiança de dizer "Meu Senhor e meu Deus", certos de que Ele está ali, Vivo, Real e Verdadeiro a ouvir nossas preces e a contemplar nossa fé. E esta fé, é uma formidável bem-aventurança que recebemos de Jesus, por intermédio das dúvidas levantadas por São Tomé, a quem o Mestre disse: "Creste, porque me viste. Felizes aqueles que crêem sem ter visto!" (Jo 21, 29)

"Eu creio, Senhor, mas aumentai a minha fé"

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Santíssima Trindade <>


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Comemoração litúrgica - Domingo seguinte à festa de Pentecostes




As três pessoas da Santíssima Trindade é um só Deus em Três Pessoas distintas. O Pai, o Filho e o Espírito Santo, possuem a mesma natureza divina, a mesma grandeza, bondade e santidade. Apesar disso, através da história, a Igreja tem observado que certas atividades são mais apropriadas a uma pessoa que a outra. A Criação do mundo é mais apropriada ao Pai, a redenção ao Filho e a Santificação, ao Espírito Santo. Nenhuma das Três pessoas Trinitárias exerce mais ou menos poder sobre as outras. Cada uma delas tem toda a divindade, todo poder e toda a sabedoria. E justamente, nesta breve dissertação, constatamos a profundidade do mistério da Santíssima Trindade, ante a complexidade em assimilar a magnitude de Três pessoas distintas formando um só Deus. Trata-se, portanto, de um grande mistério, central da fé cristã. As Escrituras são claras a respeito da Santíssima Tindade, desde o antigo, até o novo Testamento.

A festa da Santíssima Trindade é um dos dias mais importantes do ano litúrgico. Nós, como cristãos a celebramos convictos pelos ensinamentos da Igreja, que possui a plenitude das verdades reveladas por Cristo. É dogma de fé estabelecido, a essência de um só Deus em Três Pessoas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo. É um mistério de difícil interpretação, impossível, de ser assimilado pelas limitações humanas.

Há séculos a Santa Igreja ensina o mistério de Três Pessoas em um só Deus, baseada nas claras e explícitas citações bíblicas. Mas desaconselha a investigação no sentido de decifrar tão grande mistério, dada a complexidade natural que avança e se eleva para as coisas sobrenaturais.

Santo Agostinho de Hipona, grande teólogo e doutor da Igreja, tentou exaustivamente compreender este inefável mistério. Certa vez, passeava ele pela praia, completamente compenetrado, pediu a Deus luz para que pudesse desvendar o enigma. Até que deparou-se com uma criança brincando na areia. Fazia ela um trajeto curto, mas repetitivo. Corria com um copo na mão até um pequeno buraco feito na areia, e ali despejava a água do mar; sucessivamente voltava, enchia o copo e o despejava novamente. Curioso, perguntou à criança o que ela pretendia fazer. A criança lhe disse que queria colocar toda a água do mar dentro daquele buraquinho. No que o Santo lhe explicou ser impossível realizar o intento. Aí a criança lhe disse: “É muito mais fácil o oceano todo ser transferido para este buraco, do que compreender-se o mistério da Santíssima Trindade”. E a criança, que era um anjo, desapareceu...

Santo Agostinho concluiu que a mente humana é extremante limitada para poder assimilar a dimensão de Deus e, por mais que se esforce, jamais poderá entender esta grandeza por suas próprias forças ou por seu raciocínio. Só o compreenderemos plenamente, na eternidade, quando nos encontrarmos no céu com o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

Ao participarmos da Santa Missa observamos que, desde o início, quando nos benzemos, até o momento da bênção trinitária final, constantemente o sacerdote invoca a Santíssima Trindade, particularmente durante a pregação eucarística. As orações que o padre pronuncia após a consagração, que por certo são dignas de serem ouvidas com atenção e recolhimento, são dirigidas a Deus Pai, por mediação de Jesus Cristo, em unidade com o Espírito Santo. E é na missa onde o cristão logra vislumbrar, pela graça do Espírito Santo, o mistério da Santíssima Trindade. Devemos, neste momento, invocar a Deus Trino, que aumente nossa fé, porque sem ela, será impossível crer neste mistério, mistério de fé no sentido estrito. Mesmo sem conseguir penetrar na sua essência o cristão deverá, simplesmente, crer nele.

O mistério da Santíssima Trindade é uma das maiores revelações feita por Nosso Senhor Jesus Cristo. Os judeus adoram a unicidade de Deus e desconhecem a pluralidade de pessoas e a sua unidade substancial. Os demais povos adoram a multiplicidade de deuses. O cristianismo é a única religião que, por revelação de Jesus, prega ser Deus uno em três pessoas distintas:

DEUS PAI – Não foi criado e nem gerado. É o “princípio e o fim, princípio sem princípio”; por si só, é Princípio de Vida, de quem tudo procede; possui absoluta comunhão com o Filho e com o Espírito Santo. Atribui-se ao Pai a Criação do mundo.

DEUS FILHO – Procede eternamente do Pai, por quem foi gerado, não criado. Gerado pelo Pai porque assumiu no tempo Sua natureza humana, para nossa Salvação. É Ele Eterno e consubstancial ao Pai (da mesma natureza e substância). Atribui-se ao Filho a Redenção do Mundo.

DEUS ESPÍRITO SANTO – Procede do Pai e do Filho; é como uma expiração, sopro de amor consubstancial entre o Pai e o Filho; pode-se dizer que Deus em sua vida íntima é amor, que se personaliza no Espírito Santo. Manifestou-se primeiramente no Batismo e na Transfiguração de Jesus; depois no dia de Pentecostes sobre os discípulos. Habita nos corações dos fiéis com o dom da caridade. Atribui-se ao Espírito Santo a Santificação do mundo.

O Pai é pura Paternidade, o filho é pura Filiação e o Espírito Santo, puro nexo de Amor. São relações subsistentes, que em virtude de seu impulso vital, saem um ao encontro do outro em perfeita comunhão, onde a totalidade da Pessoa está aberta à outra distintamente. Este é o paradigma supremo da sinceridade e liberdade espiritual a que devem ter as relações interpessoais humanas, num perfeito modelo transcendente, só assim, compreensível ao entendimento humano. É desta forma que devemos conhecer a mensagem a Santíssima Trindade, mesmo sem alcançar os segredos do seu mistério. Desta maneira, devemos nos comprometer a adquirir certas atitudes nas nossas relações humanas. A Igreja nos convida a “glorificar a Santíssima Trindade”, como manifestação da celebração. Não há melhor forma de fazê-lo, senão revisando as relações com nossos irmãos, para melhorá-las e assim viver a unidade querida por Jesus: “Que todos sejam um”.

Passagens bíbicas (Clique nos tópicos para ler)

EVIDÊNCIAS SOBRE A SANTÍSSIMA TRINDADE

Mt 1, 18-23 Mt 28, 18-19 Lc 3, 21-38
Jo 1,32-33; 16, 3-15 Rom 8, 14-17; 15, 15s. 30 ICor 12, 3-8
IICor 1, 21-23; 13,13 Ef 4, 3-6 IPe 1, 2
DEUS PAI - INVISÍVEL NÃO GERADO

Jo 1, 18; 6, 40 II Cor 1,3 Col 1, 15
******* I Tim 6, 14-16 *******
DEUS FILHO - UNIGÊNITO DO PAI

Jo 1,18; 3, 16; 5,26 At 13, 33 I Jo 4,9
--- Salvador dos homens ---
Jo 3, 16 Rom 5, 17-21
DEUS ESPÍRITO SANTO - QUE PROCEDE DO PAI E DO FILHO

Mt 10, 19-20 Lc 24, 49 Jo 14, 16; 15-26 Gál 4, 6
--- Santificador ---
Lc 1, 15.41.67-68 At 2,4; 9, 17; 15,8

Pentecostes <>


Pentecostes <>


Comemoração litúrgica - Domingo seguinte à Ascensão do Senhor




Os judeus tinham uma festa de Pentecostes, que se celebrava 50 dias após a páscoa. Nesta festa, recordavam o dia em que Moisés subiu ao monte Sinai e recebeu as tábuas da Lei, contendo os ensinamentos dirigidos ao povo de Israel. Celebravam assim, a aliança do Antigo testamento que o povo estabeleceu com Deus: Eles se comprometeram a viver segundo seus mandamentos e Deus se comprometeu a estar sempre com eles.

Vinham pessoas de todos os cantos para a festa de Pentecostes no Templo de Jerusalém. Deus havia prometido mandar seu espírito em ocasiões diversas: Durante a Última Ceia, Jesus lhes promete a seus apóstolos o seguinte: “Eu rogarei ao Pai e Ele vos dará outro Consolador, para que fique eternamente convosco. O Espírito da verdade, quem o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conhecereis, porque ficará convosco e estará em vós.” (Jo 14, 16-17)

Mais adiante lhes disse: “Disse-vos estas coisas, permanecendo convosco. Mas o Consolador, que é o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar tudo o que vos tenho dito” (Jo 14, 25-26)

Ao terminar a cena, volta a fazer a mesma promessa: “Contudo, digo-vos a verdade, a vós convém que eu vá; se eu não for, não virá a vós o Consolador; mas, se eu for, vo-lo enviarei. Ele, quando vier, argüirá o mundo do pecado, da justiça e do juízo. Sim, do pecado, porque não creram em mim; da justiça, porque vou para o Pai e vós não mais me vereis; Enfim, do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado. Tenho ainda muitas coisas a vos dizer, mas vós não as podeis suportar agora. Quando, porém, vier o Espírito da verdade, conduzir-vos-á à verdade integral. Pois, não há de falar de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e anunciar-vos-á as coisas que estão por vir. Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo anunciará.” (Jo 16, 7-14)

No calendário do ano litúrgico, comemora-se Pentecostes no domingo subseqüente à festa da Ascensão de Jesus. O significado do termo para os católicos, representa a festa celebrada pela Igreja 50 dias após a Ressurreição de Jesus (Páscoa).

Depois da Ascensão de Jesus, encontravam-se os apóstolos reunidos com a Mãe de Deus. Era o dia da festa de Pentecostes. Os apóstolos tinham medo de sair para pregar. Repentinamente, escutou-se um forte vento e línguas de fogo pousaram sobre cada um deles. Cheios do Espírito Santo, passaram a falar em línguas desconhecidas. Nesses dias, haviam muitos estrangeiros em Jerusalém, que vinham de todas as partes do mundo para celebrar a festa de Pentecostes judia. Cada um ouvia falar os apóstolos em sua própria língua e compreendiam perfeitamente o que eles falavam. Todos eles, nesses dias, não tiveram medo e saíram a pregar ao mundo os ensinamentos de Jesus. O Espírito Santo lhes concedeu forças para a grande missão que tinham de cumprir: Levar a Palavra de Jesus a todas as nações e batizar todos os homens em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

O Espírito Santo de Deus é a terceira pessoa da Santíssima Trindade. A Igreja nos ensina que o Espírito Santo é o amor que existe entre o Pai e o Filho. Este amor é tão grande e perfeito que forma uma terceira pessoa. O Espírito Santo enche nossas almas no Batismo e depois, de maneira perfeita, na Confirmação. Com o amor divino de Deus dentro de nós, somos capazes de amar a Deus e ao próximo. O Espírito Santo nos ajuda a cumprir nosso compromisso de vida com Jesus.

Sinais do Espírito Santo - O vento, o fogo e a pomba
Estes símbolos nos revelam o poder que o Espírito Santo nos dá: O vento é uma força invisível, porém, real. Assim é o Espírito Santo. O fogo, é um elemento que limpa. O Espírito Santo é uma força invisível e poderosa que habita em nossos corações e purifica nosso egoísmo para dar espaço ao amor. A pomba representa a simplicidade e a pureza que devemos cultivar em nosso coração.

Nomes do Espírito Santo

O Espírito tem recebido diversos nomes ao longo do Novo testamento: O Espírito de Verdade, o Advogado, o Paráclito, o Consolador, o Santificador.

Missão do Espírito Santo
1. O Espírito Santo é santificador: Para que o Espírito Santo possa cumprir com sua função, é necessário que nos entreguemos totalmente a Ele e deixemo-nos conduzir docilmente por suas inspirações, para que possamos nos aperfeiçoar e crer todos os dias na santidade.

2. O Espírito Santo mora em nós: Em João 14, 16, encontramos a seguinte passagem: “Eu rogarei ao Pai e Ele vos dará outro Consolador, para que fique eternamente convosco”. Também em I Coríntios 3, 16: “Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?”. E por esta razão é que devemos respeitar nosso corpo e nossa alma. Está em nós, porque é o “doador da vida” e do amor. Se nos entregarmos à sua ação amorosa e santificadora, fará maravilhas em nós.

3. O Espírito Santo ora em nós: Necessitamos de um grande silêncio interior e de uma profunda pobreza espiritual para pedir que ore em nós o Espírito Santo. Deixar que Deus ore em nós sendo dóceis ao Espírito. Deus intervém por aqueles que o amam.

4. O Espírito Santo nos leva a verdade plena: Ele nos fortalece para que possamos ser testemunhas do Senhor, nos mostra a maravilhosa riqueza da mensagem cristã, nos enche de amor, de paz, de gozo, de fé e crescente esperança.

O Espírito Santo e a Igreja:

Desde a fundação da Igreja no dia de Pentecostes, o Espírito Santo é quem a constrói, anima e santifica, lhe dá vida e unidade e a enriquece com seus dons. O Espírito Santo segue trabalhando na Igreja de muitas maneiras distintas, inspirando, motivando e impulsionando os cristãos, em forma individual ou como Igreja num todo, ao proclamar a Boa Nova de Jesus.

Por exemplo, inspira ao Papa a levar suas mensagens apostólicas à humanidade; inspira o bispo de uma diocese a promover determinado apostolado, etc.

O Espírito Santo assiste especialmente ao Representante de Cristo na Terra, o Papa, para que guie retamente a Igreja e cumpra seu trabalho de pastor do rebanho de Jesus Cristo.

O Espírito Santo constrói, santifica, dá vida e unidade à Igreja.

O Espírito Santo tem poder de nos animar e nos santificar e lograr êxito em nossos atos que, por nossas forças, jamais realizaríamos. Isto o faz através de seus sete dons. (7 dons do espírito Santo - clique aqui)



ORAÇÃO AO DIVINO ESPÍRITO SANTO


Vinde, Espírito Santo,
enchei os corações dos vossos fiéis
e acendei neles o fogo do Vosso amor.
Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado,
e renovareis a face da terra.


Oremos
Deus, que instruístes os corações dos Vossos fiéis com
a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas
segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da Sua consolação.
Por Cristo, Senhor nosso.
Amém.

Preparação para a Festa da Páscoa


Preparação para a Festa da Páscoa

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<><> QUARESMA <><>



Os três domingos consecutivos da septuagésima, sexagésima e quinquagésima (70, 60 e 50 dias antes da Páscoa), tem por fim encaminhar os fiéis à preparação próxima da festa pascal.

Chama-se Quaresma os 40 dias de jejum e penitência que precedem à festa da Páscoa. Essa preparação existe desde o tempo dos Apóstolos, que limitaram sua duração a 40 dias , em memória do jejum de Jesus Cristo no deserto. Durante esse tempo a Igreja veste seus ministros com paramentos de cor roxa e suprime os cânticos de alegria: O "Glória", o "Aleluia" e o "Te Deum".

Na 4ª. feira depois do domingo da quinquagésima, dia que começa a Quaresma, a Igreja faz imposição das cinzas (quarta-feira de cinzas), para lembrar os fiéis que são pó e em pó hão de tornar.

Nesse tempo santo, convém:

a) fazer penitência, observando a lei do jejum.

b) ouvir com freqüência a Palavra de Deus.

c) preparar-se por uma boa confissão para comunhão pascal.

Em virtude de um indulto especial, concedido à América do Sul, os fiéis de 21 anos completos até 60 anos de idade, são obrigados a jejuar: com abstinência de carne, na quarta-feira de cinzas e nas sextas-feiras; sem abstinência de carne, nas quartas-feiras e na quinta-feira santa.

O quinto domingo da Quaresma chama-se o Domingo da Paixão. A partir deste dia a Igreja, em sinal de luto, encobre com um véu as estátuas e as imagens de Nosso Senhor e dos santos. Na sexta-feira dessa semana é a festa de Nossa Senhora das Dores.

A última semana é a semana santa; chama-se santa, porque nesses dias se comemoram os maiores mistérios praticados por Jesus Cristo para a redenção do gênero humano. Começa com o:

Domingo de Ramos. Antes da missa paroquial, o sacerdote benze solenemente os ramos e os distribui ao clero e aos fiéis, que os levam primeiro em procissão e depois para as suas casas. (a "palha benta" , quando queimada e acompanhada de orações a Santa Bárbara, é eficaz contra trovões e tempestades). Esta cerimônia simboliza a entrada triunfal de Jesus Cristo em Jerusalém, seis dias antes de sua paixão. Durante a missa canta-se ou lê-se a narrativa da Paixão, escrita por São Mateus, (na terça-feira a de São Marcos; na quarta a de São Lucas e na sexta a de São João), que exprime claramente quais devem ser os sentimentos e afetos do verdadeiro cristão durante toda a semana santa.

Na quarta, quinta e sexta-feiras, realizam-se, à tarde, ofícios chamados trevas, porque antigamente eram cantados à noite. Findos, apagavam-se as luzes para simbolizar o luto da Igreja e a escuridão que baixou à terra quando Nosso Senhor morreu. Conservou-se esse costume até hoje, apagando as velas do candeeiro triangular e as do altar, uma por uma, no fim de cada salmo. Durante o ofício das trevas cantam-se as lamentações do Profeta Jeremias sobre Jerusalém. Os três últimos tem igualmente, cada um, ofícios e cerimônias peculiares para os atos religiosos.

A quinta-feira santa é consagrada à comemoração da instituição do Santíssimo Sacramento e do sacerdócio católico. As principais cerimônias desse dia são:

1. Em cada igreja paroquial e conventual celebra-se uma só missa, na qual os outros sacerdotes recebem, de forma particular, a ceia do Senhor, em que Jesus fez pela primeira vez a consagração e os Apóstolos comungaram de sua mão.

2. A Igreja parece esquecer sua dor por um instante para festejar o grande mistério da Eucaristia. Os paramentos sacerdotais e o véu da cruz do altar-mor são de cor branca; ouve-se o cântico "Glória", durante o qual repicam solenemente todos os sinos, emudecendo depois até ao Sábado de Aleluia.

3. O padre consagra duas Hóstias grandes, uma das quais conserva para o ofício da sexta-feira santa porque naquele dia, em que Jesus ofereceu o sacrifício cruento no monte Calvário, não há consagração nas santas funções.

4. Terminada a missa, leva-se solenemente para outro altar, festivamente preparado e chamado santo sepulcro, a segunda Hóstia grande que acaba de ser consagrada e que há de servir no dia imediato, para a missa dos pré-santificados.

5. Depois da cerimônia precedente, retiram-se do altar-mor o Santíssimo, adornos, panos, etc., enquanto o sacerdote, com os ministros, reza o salmo 21, no qual Davi profetizou a Paixão do Salvador com as circunstâncias de sua morte no Calvário.

Os bispos consagram nas catedrais, durante a Missa, os Santos Óleos que devem servir para a administração do Batismo e da Extrema-unção, e em seguida o Santo Crisma, usado no Batismo, na Confirmação e na Ordem.

6. Em memória da humildade de Jesus, que neste dia lavou os pés dos Apóstolos, o bispo em sua catedral, os superiores em suas igrejas de convento, lavam os pés de doze pobres (ou ministros), beijam-nos com respeito, enxugam-nos com as próprias mãos, compenetrados dos mesmos sentimentos de humildade e caridade que tinha o Salvador. (É a cerimônia de "Lava-pés").

7. Durante todo esse dia as irmandades e os fiéis em geral fazem guarda de honra a Jesus Sacramentado. (Adoração do Santíssimo Sacramento)

Sexta-feira Santa. As cerimônias desse dia são todas lúgubres e tristes, porque visam representar o seu fundador. O celebrante e os ministros aproximam-se do altar. Chegados lá, prostram-se, estendidos no chão; depois erguem-se e procede-se à leitura de uma lição da Sagrada Escritura e da Paixão. Seguem as orações solenes que a Igreja faz por todo o mundo, mesmo por seus maiores inimigos, para imitar Nosso Senhor, que morreu por todos os homens. Ao concluí-las o celebrante, despindo a casula, dirige-se ao lado da epístola e descobre sucessivamente os braços e a cabeça da cruz; coloca-a no degrau do altar e, de pés descalços, prostra-se três vezes, adorando Jesus Cristo representado sobre a cruz. Finda esta cerimônia, traz-se ao altar, em procissão solene, a Hóstia Consagrada, que desde a véspera achava-se no santo sepulcro. Chegado o préstito ao altar, o sacerdote a levanta, para ser adorada, e comunga.

Sábado de Aleluia. Este dia é consagrado especialmente a honrar a sepultura de Nosso Senhor. As principais cerimônias são:

1. Bênção do fogo novo, que se tira de um silex, e com o qual se acende um círio de três bicos, outras velas e a lâmpada do santuário.

2. Bênção do Círio Pascal;

3. Leitura das profecias;

4. Bênção da Água Batismal;

5. Ladainha de todos os santos; e

6. Missa solene com glória, durante a qual se tocam os sinos e se cantam as aleluias. Ao meio dia acaba-se o tempo de Jejum, portanto, fim do tempo quaresmal.

Domingo - Festa da Páscoa. Lembra a Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Como o predissera, ressurgiu dos mortos ao terceiro dia, provando assim sua divindade e a verdade da doutrina que ensinou.

Aproveitemos o tempo que nos é concedido viver nesta terra, para que possamos cumprir todos os preceitos do Senhor. Com muito empenho, especialmente neste tempo quaresmal, fujamos das más inclinações e peçamos a Deus forças para podermos proporcionar frutos da mais digna penitência e sincera conversão.

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